sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Capitulo I

Era mais um dia comum e ofuscado na capital. Era eu o garoto ingênuo de cabelos lisos e louros que brincava com meus carrinhos de madeira. Observava meu irmão. Sonhava ser como ele, tão estudioso, concentrado, e, de acordo com meu pai, filho exemplar. Perdia-se lendo um livro velho sobre algo que clamava que não entenderia, e, mesmo após dias de insistências minhas, Oliver continuava a se recusar a me explicar o conteúdo do livro vermelho. Expressava um ar de concentração e concordância com que o livro dizia. Porém, o que mais me deixava curioso não era o conteúdo de tal livro, e sim o significado do símbolo central de sua capa. Tratava-se de um símbolo preto e retorcido que, tanto minha mãe quanto meu irmão, torciam os lábios quando perguntava sobre o que se tratava.Voltei a brincar com meu carrinho, havia perdido uma das rodas, mas fazia parte das batalhas que travava no jardim repleto de pedras. O curso de meu carro foi interrompido por meu pai, que trazia uma grande caixa de madeira dentro do carro. Olhei para meu irmão e percebi que estava tão curioso e tão surpreso quanto eu. Levamos a grande caixa, então, para a sala, onde abrimos e averiguamos do que se tratava. Pois era outra caixa dentro da caixa. Uma caixa de madeira e vidro com diversos botões imbutidos.
-O que é isso?- perguntei eu.
- Ora Thomas, é uma televisão.- disse Oliver com um tom encantado enquanto meu pai arfava em um tom glorioso.
- É a mais nova invenção desse século, meu filho. Através dela conseguimos ver pessoas que estão em outros lugares.
Ri. Como era possível que aquela caixa, aparentemente simples, mostrasse pessoas que estavam em outros lugares? Pois sabia eu que não existia magicas para transportar ou diminuir pessoas. Fiquei curioso, pedi a meu pai que ligasse o objeto, então ele precionou o botão preto e fez-se a luz.
Meu pai tinha razão. Vi uma moça, que, apesar de apresentar-se em tons acinzentados, seus cabelos eram loiros como os meus e seus olhos castanhos. Falava de amores para outro moço que aparecia na tela da caixa ao mesmo tempo em que ela. Fiquei abismado com aquilo e me pus a pressupor mil teorias de como funcionava aquela caixa. Oliver percebeu meu espanto e pôs-se a explicar os livros e artigos que ele havia lido sobre a tal Televisão. Ele dizia algo de ondas e antenas ou sinais, mais não prestei atenção, fixava-me nos cabelos louros e olhos castanhos da moça dentro da caixa. Assistimos à televisão por algum tempo, até que meus olhos ficaram cansados e fui para cama. Era eu, então, apenas um garoto curiosíssimo que já formava teorias mil sobre o que se passava dentro da caixa.
Algumas semanas se passaram e a caixa não era mais novidade. Alguns de meus amigos também as tinham, e os debates sobre as caixas viraram rotineiros. Apesar de não se tratar mais de inovações, ainda gostava de espiar na caixa se não havia moças loiras de olhos escuros por ali.
Passava-se o tempo e procurava eu sempre as mesmas moças loiras de olhos escuros na tela da televisão.
Passava os jardins a fitar nossas vizinhas para verificar se alguma delas se encaixava no padrão de belo que havia criado. Havia muitas loiras e muitas outras de olhos escuros, mas até ali não havia achado uma moça que contivesse essas duas características. Parei de brincar com os carrinhos e comecei a estudar, ainda procurando as moças como a que vi na caixa. A escola era composta apenas por meninos, que também sonhavam com moças, não somente as louras de olhos escuros, como eu sonhava, mas qualquer moça.
Não era raro a turma de meninos se reunir para tentar escapar do diretor para ver a escola de freiras no outro quarteirão. Certaa vez, ao driblar a sala do diretor abaixados e cobertos de tampas de lata de lixo, Stephan e eu conseguimos chegar ao colégio do outro quarteirão. Paramos a observar as poucas moçinhas que faziam a lição no pátio. Detive-me em uma, e apenas ela. Teria mais ou menos minha idade, estatura média, usava o uniforme azul, mas mais importante: era loura, loura e de olhos castanhos.
Vibrei e Stephan percebeu. Perguntei-lhe o nome da menina, e ele, assim como eu, não fazia idéia nem de seu nome, nem de como encontrá-la. Pois fiz de tudo, até que um dia, discretamente a segui até sua casa. Uma casa branca de vigas altas, parecida com a minha. Voltei pra casa lentamente, banhado pela esperança de encontrá-la algum dia.
Já era noite e minha mãe me esperava na porta. Meu pai bufafa de raiva enquanto minha mãe me apertava contra seu peito sobre o olhar repressivo de Oliver. Não me importava as bufadas de pai, os olhares de irmão ou os apertos de mãe, me importava os cabelos louros e os olhos castanhos da menina que morava a cinco quarteirões de minha casa.
Passei aquela noite inteira pensando em como contatá-la, como fazer com que ela soubesse de minha existência, estando enfurnada no colégio de freiras. Pois então decidi, escreveria uma carta e deixaria no muro que avistei perto da janela de seu quarto.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

zeit...

Bom, no momento não tempo para escrever meus super textos, então resolvi colocars algumas imagens legais que achei na net = D
 É assim que as frutas se sentem toda vez que vc as come, ou toda vez que tem um novo episódeo da Laranja irritante =D
 Assim, estudamos a embriologia dos Ipods, com a fecundação dos elementos, modernos ou antigos, surge então, o ipod
E aqui, simplesmente descobrimos a identidade do verdadeiro spider-man... um agente russo que senta de pernas cruzadas ^ ^